por Gleice Marcondes
A motivação em modo geral está
totalmente relacionada ao desejo!
O modelo
emergente nas relações organizacionais presentes pauta-se pelo respeito às
vontades individuais e não mais pelo exercício do domínio sobre os empregados.
Claro que as organizações são permissivas aos “desejos” dos funcionários dentro
de algo que não esteja fora do conceito prioritário da empresa em questão.
O trabalhador
hoje visa qualidade de vida, motivação pessoal além de remuneração atrativa, e
acredito que isso esteja totalmente relacionado às novas tendências e os
desafios propostos por ela.
É sobre a
dinâmica das relações humanas, que incidem as mais significativas
transformações no comportamento humano nesse século. E tais mudanças têm se
processado, devido à evolução histórica dos conceitos e as transformações
sociais que ocorreram em decorrência disso.
É chegado o
momento, portanto de nos determos na análise de alguns elementos que pautam
esses novos rumos das organizações nos dias atuais.
Maslow, famoso por seus estudos acerca dos preceitos de motivação, faz uma
citação que gostaria de utilizar para ilustrar um pensamento: “A utopia é
definida como um lugar onde há suficiente comida”. Dessa forma, o respeito, a
liberdade, o conhecimento e o amor não são prioritários para quem não tem
comida!
Penso que
independente de que classe social o individuo pertença as necessidades
fisiológicas são prioritárias para sim ir a busca de algo além. Ou então
diferente disso dedicará sua existência para garantir sua sobrevivência.
Muitas
relações de trabalho se dão dessa maneira, poucas pessoas tem a possibilidade
de investir naquilo que realmente gosta, onde está o seu desejo, sua motivação.
Para muitos,
motivação é luxo, é algo se quer mencionado, não faz parte do seu vocabulário,
principalmente no âmbito profissional. Para esses a sua motivação maior é
conseguir minimamente pagar suas contas e colocar comida na mesa.
Vale ressaltar
que lideres e gestores de grandes organizações tem conseguido alterar alguma
coisa nesse cenário. Empresas têm proposto treinamentos interativos e
motivacionais misturando equipes de diferentes áreas, buscando a empatia e bom
relacionamento entre eles.
Dessa forma
conseguem fazer com que aqueles que “nunca são vistos” passem a existir de
maneira significativa, pois para alguém que nem é olhado passar a ser
reconhecido pelas suas funções e ser chamado pelo próprio nome é algo que
motiva e convida a melhoria da qualidade de trabalho.
Sobretudo,
posso concluir que a equidade no ambiente de trabalho nas organizações é fator
preponderante para a motivação do trabalhador.
Afinal existir
é uma condição fisiológica, e seu reconhecimento gera respeito, a partir daí
podemos sugerir motivações verdadeiras pautadas no desejo e na realização.
Gleice Marcondes